Querido diário,
Voltei a fazer terapia e por isso, você está me vendo escrevendo em sua página me branco novamente. O exercício, que eu mantive por algum tempo depois de ter alta, acabou desvanecendo e deu lado para outros objetivos que, felizmente, alcancei.
Ao mesmo tempo, esses novos desafios trouxeram velhas preocupações a tona. Como disse à minha psicóloga:
— Novos problemas, motivos antigos.
Ou seja, eu mesmo. Eu mesmo sou os meus problemas antigos.
Como já escrevi aqui em algum momento do passado, exergar o mundo sob a minha ótica não é ter algum tipo de lente especial. Deixei de achar que eu era especial há muito tempo, agora sou apenas, lendário.
As piadas também continuam as mesmas.
É claro que, nessa página pública, não trarei os problemas e preocupações reais que estou buscando tratar. Esses assuntos são entre, minha terapeuta e mim.
Mas se você estiver curiosa ou curioso sobre meu estado, não se preocupe. Não estou com nenhuma patologia e estou de bem com a vida. Diante das coisas que já enfrentei até aqui, a psicologia entra como uma manutenção do espírito e da mente. Permitindo que a ansiedade — ainda não patológica — não se instaure e afete, por muito tempo, meu corpo e minha vida social.
Apesar desse diário ter uma falha enorme em seguir uma rotina diária, buscarei escrever, de maneira mais frequente, meus pensamentos sobre os assuntos que me deixam em silêncio.
Para que você, querida leitora ou leitor, que por alguma razão lê o meu diário, não morra de curiosidade, vou falar sobre dois filmes que assisti nos últimos dias: The Whale e Her.
Até mais!