Querido diário,
Faz uma semana que minha avó materna faleceu.
Parece brincadeira do destino, mas no dia de seu funeral, eu estava com sintomas de covid e resolvi fazer o teste. Deu positivo. Não que isso tivesse qualquer inerterferência para minha avó, óbvio, mas eu não podia colocar a saúde das diversas pessoas da minha família em risco. Assim, não compareci.
A Covid, a tristeza do luto e as responsabilidades da vida adulta me fizeram passar a semana no automático, digerindo os eventos recentes e cuidando da minha saúde. A maioria das coisas que poderiam ocupar minha energia foram colocadas na caixinha: “isso eu resolvo depois”.
Aquela “joie de vivre” não existiu nesses dias.
Mas ela voltou, ontem.
No sábado, acordei bem tarde. Como não tinha compromisso nenhum, deixei que meu corpo determinasse o tempo de descanso necessário para recuperar minhas energias.
Levantei, almocei uma das marmitas que tenho preparado para a semana com uma costelinha assada no capricho. Fui com minha mãe comprar algumas coisas no mercado e verificar como ela estava.
Assisti uns jogos de tênis na tv e à noite fui visitar um amigo que estimo muito, jogar conversa fora e falar mal de nós mesmos. Foi um passeio noturno com minha bike nova.
Hoje, domingo, visitei meus pais para o café da tarde e uma chuva torrencial tomou forma. Nessas condições, uma taça de vinho e uma série eram bons programas para terminar a semana e começar uma próxima.
Estou assistindo, “This is us”.
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